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Surfistas brasileiros participam de operações de salvamento de vítimas de enchentes no RS

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Centenas de surfistas se deslocaram para regiões mais afetadas pelas enchentes que assolam o Rio Grande do Sul com o objetivo de ajudar no resgate de milhares de pessoas que continuam isoladas. Entre estes heróis está um dos pilotos de segurança aquática mais reconhecidos do mundo, o paranaense Edilson Assunção, mais conhecido como o Alemão de Maresias.

Luciana Quaresma, correspondente da RFI em Lisboa

Acostumado a enfrentar situações de alto risco em ondas gigantes de Nazaré, em Portugal, Alemão e uma equipe de dezoito surfistas já estão há cinco dias em Porto Alegre realizando operações de resgate. Em entrevista à RFI, ele falou sobre a origem da iniciativa.

“Vimos a gravidade da situação através das notícias e começamos um movimento entre amigos através da internet. Quando recebi a mensagem estava com o meu filho e ele foi o primeiro a dizer para eu ir ajudar”, comenta.

No último sábado (4), Lucas Chumbo, também conhecido como Chumbinho, e Iankel Noronha tiveram a iniciativa de sair do Rio de Janeiro rumo ao sul do Brasil. Pedro Scooby, Michelle Bouillons e Ruizinho Duarte também se juntaram ao grupo. Na bagagem, equipamentos para salvamentos, coragem e muita vontade de ajudar.

“Montei minha estrutura, organizei os equipamentos de segurança, peguei meu jet ski, carro e em algumas horas estávamos todos prontos para pegar estrada. Em 24 horas estávamos na frente da operação prestando socorro para as pessoas”, comenta Alemão.

Situação desoladora

Alemão não esconde a tristeza ao descrever o cenário que encontrou ao chegar em Porto Alegre. “É difícil falar, é muito triste o que presenciamos aqui: animais mortos, pessoas chorando, famílias desesperadas, sem saber para onde vão. Dói no coração", diz.

No entanto, o grupo se esforça para não mostrar a tristeza aos atingidos pelas enchentes. "Vimos coisas que não imaginávamos e isso nos afeta, mas estamos conseguindo levar isso de uma forma tranquila para não passar estes sentimentos para a população e para nossos parceiros. Mas é um momento difícil para todos”, afirma o surfista.

O campeão olímpico e mundial de surfe, Ítalo Ferreira, medalha de ouro nas Olimpíadas de Tóquio, chegou ao Rio Grande do Sul na última quarta-feira (8) para se juntar ao grupo. O surfista já havia doado R$ 100 mil com a venda de 10 pranchas autografadas. Ele explicou à RFI que os surfistas estão espalhados por várias regiões do Rio Grande do Sul e divididos por equipes de resgate.

“Tem outras equipes de surfistas de ondas grandes como o Fabiano Tissot, Tiago Jacaré, o campeão de ondas grandes desta temporada João Paiva, o Luizinho, todo o pessoal do big surfe. São várias equipes. Aqui na minha equipe somos cerca de dezoito pessoas, com sete jet skis. É uma equipe grande e alguns já estão no salvamento a dez dias”, explica.

Com uma experiência em resgate em mares gigantes como poucos, o também piloto de tow-in diz estar vivendo momentos muito difíceis. “O que é mais difícil para mim é ver esta destruição. Você não imagina o que é ver pessoas trabalhadoras que conquistaram seus terrenos, suas casas e, de repente, verem tudo destruído. Isso é de cortar o coração. Ver também a quantidade de animais abandonados é muito triste.”

Ajuda de voluntários

Segundo Alemão, para chegar ao maior número de pessoas e de forma mais eficaz, os surfistas contam com muitos voluntários. “Montamos um esquema onde criamos uma equipe de jet ski, outra de apoio na retaguarda, equipe dos barcos, um time no nosso ponto de partida no Gasômetro, onde as vítimas e doações são recebidas e direcionadas [em Porto Alegre]. Então foi um trabalho bem de formiguinha e que, em equipe, conseguimos concluir.”

Alemão conta que os surfistas também têm tido o apoio da iniciativa privada. “A situação de Porto Alegre está caótica. Muito triste ver a dimensão que chegou tudo isso, mas fico feliz porque vi uma mobilização muito grande, principalmente empresários aqui do Rio Grande do Sul e de todo o Brasil se prontificando para ajudar e mandar estrutura apoiando nossas equipes de resgate.”

A operação que vem sendo realizada pelos surfistas foi definida e está sendo coordenada pelo gaúcho Fabiano Tissot. A prioridade era resgatar crianças e idosos, além de pessoas com deficiência. O trabalho ocorre junto às operações do corpo de bombeiros, Polícia Federal, Polícia Civil, Marinha e Exército.

Para Tissot, a implicação neste mutirão foi "uma questão de amor ao próximo". "Treinamos a nossa vida inteira para situações de risco extremo colocando a nossa vida em jogo e agora estamos fazendo isso por um bem ainda maior que é a vida dos outros", explica.

Pior que ondas de Nazaré

Apesar da maioria dos surfistas que estão na missão de salvamento já terem vivido situações de extremo risco nos mares, Tissot afirma que esta é, sem dúvida, a mais difícil. “Somos agora vinte pessoas e posso dizer que esta situação de resgate é a mais difícil que já vivemos se formos comparar com nossas experiências nas ondas gigantes em Nazaré, Portugal ou qualquer outro lugar”, afirma o surfista.

Já para Alemão, a experiência também resulta em aprendizado. "Estamos acostumados a lidar com água, mas o ambiente que encontramos no sul é extremamente difícil e totalmente diferente de tudo aquilo que já vivemos. É tão difícil, pesado e intenso quanto surfar as ondas de Nazaré e outros lugares perigoso que já surfamos no mundo”, salienta.

Depois de mais de uma semana resgatando pessoas em situação de risco, os surfistas já estão pensando na próxima etapa da operação. “Até aqui a gente estava na chamada fase um que é a retirada das vítimas das áreas de risco para direcioná-las para os abrigos e áreas mais seguras. Este trabalho já foi feio e grande parte das pessoas aqui na região de Porto Alegre foi socorrida e retirada de áreas perigosas, mas ainda há lugares que estão carentes de atenção", reitera Alemão.

Segundo ele, os surfistas se preparam agora para a "fase dois" da operação de salvamento. "O importante agora será a ajuda na distribuição de alimentos e bens de primeira necessidade, dar atenção aos desabrigados e distribuição das doações", afirma.

Tissot também faz um apelo para que as ajudas e doações continuem sendo realizadas. “Pelo que estamos vendo em campo percebemos o quão importante são as pessoas que estão do lado de fora, o quanto podem fazer para ajudar: arrecadando alimentos, mobilizando outras pessoas, enviando doações, pois todo mundo que foi resgatado agora vai precisar de apoio”, sublinha.

De acordo com boletim da Defesa Civil do estado divulgado na noite de sexta-feira (10), 126 pessoas morreram nas enchentes no Rio Grande do Sul desde a semana passada. Mais de 140 seguem desaparecidas.

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Luciana Quaresma, correspondente da RFI em Lisboa

Acostumado a enfrentar situações de alto risco em ondas gigantes de Nazaré, em Portugal, Alemão e uma equipe de dezoito surfistas já estão há cinco dias em Porto Alegre realizando operações de resgate. Em entrevista à RFI, ele falou sobre a origem da iniciativa.

“Vimos a gravidade da situação através das notícias e começamos um movimento entre amigos através da internet. Quando recebi a mensagem estava com o meu filho e ele foi o primeiro a dizer para eu ir ajudar”, comenta.

No último sábado (4), Lucas Chumbo, também conhecido como Chumbinho, e Iankel Noronha tiveram a iniciativa de sair do Rio de Janeiro rumo ao sul do Brasil. Pedro Scooby, Michelle Bouillons e Ruizinho Duarte também se juntaram ao grupo. Na bagagem, equipamentos para salvamentos, coragem e muita vontade de ajudar.

“Montei minha estrutura, organizei os equipamentos de segurança, peguei meu jet ski, carro e em algumas horas estávamos todos prontos para pegar estrada. Em 24 horas estávamos na frente da operação prestando socorro para as pessoas”, comenta Alemão.

Situação desoladora

Alemão não esconde a tristeza ao descrever o cenário que encontrou ao chegar em Porto Alegre. “É difícil falar, é muito triste o que presenciamos aqui: animais mortos, pessoas chorando, famílias desesperadas, sem saber para onde vão. Dói no coração", diz.

No entanto, o grupo se esforça para não mostrar a tristeza aos atingidos pelas enchentes. "Vimos coisas que não imaginávamos e isso nos afeta, mas estamos conseguindo levar isso de uma forma tranquila para não passar estes sentimentos para a população e para nossos parceiros. Mas é um momento difícil para todos”, afirma o surfista.

O campeão olímpico e mundial de surfe, Ítalo Ferreira, medalha de ouro nas Olimpíadas de Tóquio, chegou ao Rio Grande do Sul na última quarta-feira (8) para se juntar ao grupo. O surfista já havia doado R$ 100 mil com a venda de 10 pranchas autografadas. Ele explicou à RFI que os surfistas estão espalhados por várias regiões do Rio Grande do Sul e divididos por equipes de resgate.

“Tem outras equipes de surfistas de ondas grandes como o Fabiano Tissot, Tiago Jacaré, o campeão de ondas grandes desta temporada João Paiva, o Luizinho, todo o pessoal do big surfe. São várias equipes. Aqui na minha equipe somos cerca de dezoito pessoas, com sete jet skis. É uma equipe grande e alguns já estão no salvamento a dez dias”, explica.

Com uma experiência em resgate em mares gigantes como poucos, o também piloto de tow-in diz estar vivendo momentos muito difíceis. “O que é mais difícil para mim é ver esta destruição. Você não imagina o que é ver pessoas trabalhadoras que conquistaram seus terrenos, suas casas e, de repente, verem tudo destruído. Isso é de cortar o coração. Ver também a quantidade de animais abandonados é muito triste.”

Ajuda de voluntários

Segundo Alemão, para chegar ao maior número de pessoas e de forma mais eficaz, os surfistas contam com muitos voluntários. “Montamos um esquema onde criamos uma equipe de jet ski, outra de apoio na retaguarda, equipe dos barcos, um time no nosso ponto de partida no Gasômetro, onde as vítimas e doações são recebidas e direcionadas [em Porto Alegre]. Então foi um trabalho bem de formiguinha e que, em equipe, conseguimos concluir.”

Alemão conta que os surfistas também têm tido o apoio da iniciativa privada. “A situação de Porto Alegre está caótica. Muito triste ver a dimensão que chegou tudo isso, mas fico feliz porque vi uma mobilização muito grande, principalmente empresários aqui do Rio Grande do Sul e de todo o Brasil se prontificando para ajudar e mandar estrutura apoiando nossas equipes de resgate.”

A operação que vem sendo realizada pelos surfistas foi definida e está sendo coordenada pelo gaúcho Fabiano Tissot. A prioridade era resgatar crianças e idosos, além de pessoas com deficiência. O trabalho ocorre junto às operações do corpo de bombeiros, Polícia Federal, Polícia Civil, Marinha e Exército.

Para Tissot, a implicação neste mutirão foi "uma questão de amor ao próximo". "Treinamos a nossa vida inteira para situações de risco extremo colocando a nossa vida em jogo e agora estamos fazendo isso por um bem ainda maior que é a vida dos outros", explica.

Pior que ondas de Nazaré

Apesar da maioria dos surfistas que estão na missão de salvamento já terem vivido situações de extremo risco nos mares, Tissot afirma que esta é, sem dúvida, a mais difícil. “Somos agora vinte pessoas e posso dizer que esta situação de resgate é a mais difícil que já vivemos se formos comparar com nossas experiências nas ondas gigantes em Nazaré, Portugal ou qualquer outro lugar”, afirma o surfista.

Já para Alemão, a experiência também resulta em aprendizado. "Estamos acostumados a lidar com água, mas o ambiente que encontramos no sul é extremamente difícil e totalmente diferente de tudo aquilo que já vivemos. É tão difícil, pesado e intenso quanto surfar as ondas de Nazaré e outros lugares perigoso que já surfamos no mundo”, salienta.

Depois de mais de uma semana resgatando pessoas em situação de risco, os surfistas já estão pensando na próxima etapa da operação. “Até aqui a gente estava na chamada fase um que é a retirada das vítimas das áreas de risco para direcioná-las para os abrigos e áreas mais seguras. Este trabalho já foi feio e grande parte das pessoas aqui na região de Porto Alegre foi socorrida e retirada de áreas perigosas, mas ainda há lugares que estão carentes de atenção", reitera Alemão.

Segundo ele, os surfistas se preparam agora para a "fase dois" da operação de salvamento. "O importante agora será a ajuda na distribuição de alimentos e bens de primeira necessidade, dar atenção aos desabrigados e distribuição das doações", afirma.

Tissot também faz um apelo para que as ajudas e doações continuem sendo realizadas. “Pelo que estamos vendo em campo percebemos o quão importante são as pessoas que estão do lado de fora, o quanto podem fazer para ajudar: arrecadando alimentos, mobilizando outras pessoas, enviando doações, pois todo mundo que foi resgatado agora vai precisar de apoio”, sublinha.

De acordo com boletim da Defesa Civil do estado divulgado na noite de sexta-feira (10), 126 pessoas morreram nas enchentes no Rio Grande do Sul desde a semana passada. Mais de 140 seguem desaparecidas.

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